sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Embaralhado

Embaralho
o baralho da vida
Corte!
Suja canastra

Nos versos do rádio
ouço em profecia,
pessoa nefasta

Vida vasta
arrasta
o que um dia veio

um belo
revela-se tão feio.

Novelo
que embola
nessa novela
nova querela

Antagonista
agoniza
divisa

nesse dizer
e nesse fazer
entre seguir
e esquecer

nem o que fazem
nem o que dizem
não falo
não faço

escrevo
verso raso
sem roteiro

pra expressar
melancolia
no final desse janeiro.



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