Hoje tem filme de Carlitos
Por isso, meu bem
Não grito.
Não me irrito.
Frito
Uma porcão de batatas
E sento para espiar
Não chore,
Já bem disse outro Carlos
Aquele seu poeta favorito
Que diz que amor
Bate mesmo é na aorta.
Na porta?
Só as cartas que chutei
Os versos que rasguei
E que ignoro
Melhor rir
Do que chorar
Melhor rir
Do que partir
Melhor rir
Não sei se de comédia
Ou de desespero
Não sei da falência
Ou da tv que nem espio
Espirro
Mais de alergia
Que de alegria
Hoje é agosto
E a ventania
Está de matar
Fecho a porta!
Amor, seu lugar é na horta
Plantando aquelas batatas!
Baratas filosofias
Que agora fias em alguma mesa.
Enquanto como as fritas
Enquanto a tv grita
Num filme mudo
Enquanto agita
Dentro de mim
Alguma dor.
Que me bate.
Sem eira nem beira
Essa canção de terça-feira
Meu pijama azul escuro
Amor subindo no muro
Mais um copo está puro
Tá lá mais um copo
Tá lá mais um corpo
Nessa rima que inventei
Pra bater no amor
Esse bicho instruído
Esse louco varrido
Que fere.
Será que sara?
Quando casa?
Quando acaba?
Quanto afã?
Será que nunca?
Será amanhã?
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