quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Calmaria

Será que beleza havia
se o mar
se o humor
se o amor
fosse calmaria?

Que graça a vida teria
sem essa miopia
sem a tirania
sem a tarde vazia?

só se sabe eterno
só se sabe o terno
só se sabe o inverno
na certeza do verão.

O muito, quando no pouco
o grito, quando no rouco
o belo , quando no roto

Sera que beleza havia
nessa certeza, tardia
nessa tarde que anuncia
que nem sempre
é calmaria.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Aquela canção

E quando eu cantar a canção
nem tão velha
nem tão aquela
somente essa que soa
pensamento que voa
sem ter aonde ir.

Somente aqui,
ali, acolá
onde esteja
onde deseja
meu desejo
de ser só tua
que mais importa?
em que nota
como se nota.

Esse acorde
com que cordiais
fazemos nossas bossas
fazemos nossas noites
que talvez se notem
que talvez se anotem

em versos como esses
que podem ser que virem rimas
de alguma velha canção
que fale de inferno ou inverno.
que importa?

Se aqui sempre é verão
se aqui sempre verão
e mesmo em pobres rimas
assim desse jeito termina
a minha singela canção.