quarta-feira, 24 de maio de 2017

Ouvindo estrelas

Ora, direis,
Em versos limpos
Ao ouvir estrelas
Aquele poeta parnasiano
Rima bela e seca
Dos loucos de amor
A ouvir o brilho
E fazer palavras.

Prefiro ainda
A divina comédia humana
Desse que se foi
Mas ainda é o mesmo
Que de amor e de filosofia
Entende mais.

Perdão, poeta,
Que essa sua letra
Essa sua estrela
E surda!
E de tão polida
Nada diz à emoção.

Porque o amor é
Matéria falida
Na mesa do botequim.
E diz, assim
Feito goleiro
Verso certeiro
Paráfrase moderna
Com o tempo e os anos
Contemporâneo

Verso e canção
De dizer ao amor
Que sua valia
É ser comédia
É ser tragédia
É ser melodia
Na voz do cantor
É ser palavra
De um amador.