Nas margens do tempo
Relento
Desalento
Ritmo lento
Sempre atrasado
Sempre cansado
Faltam minutos
Falsas minutas
Desse contrato
Contado
Que não marca em relógios
"Corre, menina!"
É hora do chá
É hora de achar
É hora do espelho
Em que me espelho
Mas não me vejo
Sempre atrasado
Falta quanto tempo?
Para que passe
Por que esse impasse?
Quem disse, Alice?
Que seria simples
Que seria fácil
Que seria rima
Que seria ritmado
Esse verso repentino
Numa manhã de inverno
Intenso no seu país
Que maravilhas?
Porque procuro
E não te vejo
Não te acho
Porque sempre corre
Porque sempre explode
Nesse tic tac insano
Desumano
Desse relógio e tempo
Que não para.
Quem disse, Alice
Corre, menina
Quem corre, Alice
Quem para?
Para!
Para quem
O tempo para!
Corre, menina!
Corre...
terça-feira, 7 de novembro de 2017
terça-feira, 26 de setembro de 2017
Tudo de mim
Triste verso que escrevo
E que nem sei o que diz
Tudo de mim
Tudo de você
Diz a voz no rádio
Numa música que não entendo
Mas que traduz
Essa primavera
Que ainda em setembro
Não chegou
Nessa aridez
Melancólica
Do meu intenso inverno
Inverso
Ao que um dia foi flor.
E que eu quisera
Canção mais bonita
Traduzida
Nas letras de seu jardim
Onde vago
A repetir as mesmas palavras
Da passada primavera
Ciclo vicioso
Nesse refrão
Que não me vejo
Mas que me toca
Numa nota
Seria dó?
Seria dor?
Seria amor?
Que já nem rima
Nessa avenida
Em que ando sem rumo
Enquanto escuto
Em um som qualquer
Tudo de mim
O que de você?
terça-feira, 29 de agosto de 2017
Sem eira nem beira
Hoje tem filme de Carlitos
Por isso, meu bem
Não grito.
Não me irrito.
Frito
Uma porcão de batatas
E sento para espiar
Não chore,
Já bem disse outro Carlos
Aquele seu poeta favorito
Que diz que amor
Bate mesmo é na aorta.
Na porta?
Só as cartas que chutei
Os versos que rasguei
E que ignoro
Melhor rir
Do que chorar
Melhor rir
Do que partir
Melhor rir
Não sei se de comédia
Ou de desespero
Não sei da falência
Ou da tv que nem espio
Espirro
Mais de alergia
Que de alegria
Hoje é agosto
E a ventania
Está de matar
Fecho a porta!
Amor, seu lugar é na horta
Plantando aquelas batatas!
Baratas filosofias
Que agora fias em alguma mesa.
Enquanto como as fritas
Enquanto a tv grita
Num filme mudo
Enquanto agita
Dentro de mim
Alguma dor.
Que me bate.
Sem eira nem beira
Essa canção de terça-feira
Meu pijama azul escuro
Amor subindo no muro
Mais um copo está puro
Tá lá mais um copo
Tá lá mais um corpo
Nessa rima que inventei
Pra bater no amor
Esse bicho instruído
Esse louco varrido
Que fere.
Será que sara?
Quando casa?
Quando acaba?
Quanto afã?
Será que nunca?
Será amanhã?
Por isso, meu bem
Não grito.
Não me irrito.
Frito
Uma porcão de batatas
E sento para espiar
Não chore,
Já bem disse outro Carlos
Aquele seu poeta favorito
Que diz que amor
Bate mesmo é na aorta.
Na porta?
Só as cartas que chutei
Os versos que rasguei
E que ignoro
Melhor rir
Do que chorar
Melhor rir
Do que partir
Melhor rir
Não sei se de comédia
Ou de desespero
Não sei da falência
Ou da tv que nem espio
Espirro
Mais de alergia
Que de alegria
Hoje é agosto
E a ventania
Está de matar
Fecho a porta!
Amor, seu lugar é na horta
Plantando aquelas batatas!
Baratas filosofias
Que agora fias em alguma mesa.
Enquanto como as fritas
Enquanto a tv grita
Num filme mudo
Enquanto agita
Dentro de mim
Alguma dor.
Que me bate.
Sem eira nem beira
Essa canção de terça-feira
Meu pijama azul escuro
Amor subindo no muro
Mais um copo está puro
Tá lá mais um copo
Tá lá mais um corpo
Nessa rima que inventei
Pra bater no amor
Esse bicho instruído
Esse louco varrido
Que fere.
Será que sara?
Quando casa?
Quando acaba?
Quanto afã?
Será que nunca?
Será amanhã?
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
Pirata
E no que busca
Está a fuga
Do que insiste em silenciar
E apagar
E velar
E esconder...
O que buscas nesse mar
Nessa embriaguez
Nessa ressaca.
Será voz doce?
Será sua tez?
Será a velha lembrança?
Será calmaria?
O que será?
O que seria?
Mistério que guarda
Hermético baú
Que busca em silêncio
Que grita.
E me leva nessa vaga
Onde vago
E apago
Para esquecer
Para não ser
Triste corsário
Seu itinerátio
Nunca foi meu mar!
E de amar
De amor
Sigo
Firme leme
Na praia que aporta
Seu cais, seu porto
Que de seguro
Talvez esteja morto
E vivo
Sem saber por que procura
Essa latência
Essa insistência
Inconsistente
E silente vai
Ruma ao passado
Que é velho
Mas que volta
Tempos em tempos
Nessa rima em ambiguidade
Em algum naufrágio
Lembrança
E agita
E me afoga
E me sufoca.
E vai...
E vem
E some...
Em ondas
Em onde nem espero
Nem quero.
Está a fuga
Do que insiste em silenciar
E apagar
E velar
E esconder...
O que buscas nesse mar
Nessa embriaguez
Nessa ressaca.
Será voz doce?
Será sua tez?
Será a velha lembrança?
Será calmaria?
O que será?
O que seria?
Mistério que guarda
Hermético baú
Que busca em silêncio
Que grita.
E me leva nessa vaga
Onde vago
E apago
Para esquecer
Para não ser
Triste corsário
Seu itinerátio
Nunca foi meu mar!
E de amar
De amor
Sigo
Firme leme
Na praia que aporta
Seu cais, seu porto
Que de seguro
Talvez esteja morto
E vivo
Sem saber por que procura
Essa latência
Essa insistência
Inconsistente
E silente vai
Ruma ao passado
Que é velho
Mas que volta
Tempos em tempos
Nessa rima em ambiguidade
Em algum naufrágio
Lembrança
E agita
E me afoga
E me sufoca.
E vai...
E vem
E some...
Em ondas
Em onde nem espero
Nem quero.
terça-feira, 8 de agosto de 2017
Eu queria escrever...
Eu queria escrever
Um verso lindo
Para dizer o amor
Que vivo e sinto.
Eu queria escrever
Meu melhor poema
E celebrar nossa primavera
Que faz flor em frio agosto
Eu queria escrever
Pequena trova
Que te dissesse
O quanto amo
O quanto sinto
O quanto espero
Eu queria escrever
Em algumas rimas
Nosso sagrado
Nosso segredo
O que segrega
O que edifica
E faz canção
Nesses versos de hoje
Nossa história
Essa memória
Esse poema
Que se põe
Caneta e papel
No céu
Do nosso amanhã
Da nossa manhã
Que eu queria escrever
E te dizer
Ainda que brega
E por nesse papel
Que eu te amo!
Eu queria escrever
Verso livre
Do tipo que lês
Em nossos livros
De nossa estante
E nesse instante
Saltasse a emoção
Do que eu queria escrever
como o poeta favorito
que sequer sei precisar.
Só sei que preciso
desse verso
em seu riso
seu crivo
vivo
esse amor
essa cantiga amiga
em cem rimas
do que sinto
e queria escrever.
Um verso lindo
Para dizer o amor
Que vivo e sinto.
Eu queria escrever
Meu melhor poema
E celebrar nossa primavera
Que faz flor em frio agosto
Eu queria escrever
Pequena trova
Que te dissesse
O quanto amo
O quanto sinto
O quanto espero
Eu queria escrever
Em algumas rimas
Nosso sagrado
Nosso segredo
O que segrega
O que edifica
E faz canção
Nesses versos de hoje
Nossa história
Essa memória
Esse poema
Que se põe
Caneta e papel
No céu
Do nosso amanhã
Da nossa manhã
Que eu queria escrever
E te dizer
Ainda que brega
E por nesse papel
Que eu te amo!
Eu queria escrever
Verso livre
Do tipo que lês
Em nossos livros
De nossa estante
E nesse instante
Saltasse a emoção
Do que eu queria escrever
como o poeta favorito
que sequer sei precisar.
Só sei que preciso
desse verso
em seu riso
seu crivo
vivo
esse amor
essa cantiga amiga
em cem rimas
do que sinto
e queria escrever.
domingo, 16 de julho de 2017
Para dizer...
Verso
Pra te dizer
Que seu silêncio
Fala mais
Que as palavras que grita.
Pra te dizer
Que o que não diz
É matéria de sentir
Uma dor mansa
Que insiste em não ir
Talvez cantiga
De um domingo alegre
Pra dizer o quanto ama
Talvez trova
De uma tarde fria
Que aquece o amor
E o coração
Talvez cuidado
De um amor inteiro
Que nasceu
Que foi flor
E que agora espera.
Talvez um verso
De cem rimas
Ou apenas uma
Nesse talvez
Que sem rima
Está
E que se põe.
Nesse silêncio.
E silencio.
Pra te dizer
Que seu silêncio
Fala mais
Que as palavras que grita.
Pra te dizer
Que o que não diz
É matéria de sentir
Uma dor mansa
Que insiste em não ir
Talvez cantiga
De um domingo alegre
Pra dizer o quanto ama
Talvez trova
De uma tarde fria
Que aquece o amor
E o coração
Talvez cuidado
De um amor inteiro
Que nasceu
Que foi flor
E que agora espera.
Talvez um verso
De cem rimas
Ou apenas uma
Nesse talvez
Que sem rima
Está
E que se põe.
Nesse silêncio.
E silencio.
quarta-feira, 24 de maio de 2017
Ouvindo estrelas
Ora, direis,
Em versos limpos
Ao ouvir estrelas
Aquele poeta parnasiano
Rima bela e seca
Dos loucos de amor
A ouvir o brilho
E fazer palavras.
Prefiro ainda
A divina comédia humana
Desse que se foi
Mas ainda é o mesmo
Que de amor e de filosofia
Entende mais.
Perdão, poeta,
Que essa sua letra
Essa sua estrela
E surda!
E de tão polida
Nada diz à emoção.
Porque o amor é
Matéria falida
Na mesa do botequim.
E diz, assim
Feito goleiro
Verso certeiro
Paráfrase moderna
Com o tempo e os anos
Contemporâneo
Verso e canção
De dizer ao amor
Que sua valia
É ser comédia
É ser tragédia
É ser melodia
Na voz do cantor
É ser palavra
De um amador.
Em versos limpos
Ao ouvir estrelas
Aquele poeta parnasiano
Rima bela e seca
Dos loucos de amor
A ouvir o brilho
E fazer palavras.
Prefiro ainda
A divina comédia humana
Desse que se foi
Mas ainda é o mesmo
Que de amor e de filosofia
Entende mais.
Perdão, poeta,
Que essa sua letra
Essa sua estrela
E surda!
E de tão polida
Nada diz à emoção.
Porque o amor é
Matéria falida
Na mesa do botequim.
E diz, assim
Feito goleiro
Verso certeiro
Paráfrase moderna
Com o tempo e os anos
Contemporâneo
Verso e canção
De dizer ao amor
Que sua valia
É ser comédia
É ser tragédia
É ser melodia
Na voz do cantor
É ser palavra
De um amador.
segunda-feira, 20 de março de 2017
Cinza chumbo
Não cantarei meu verso
Nesse dia cinza de inverno
Em pleno sol de março
Meu verso cinza
Da cor daquele vestido
Que passou e você não viu
Espelho avesso
Que não mostra
E põe dúvida
Ao que não é
Nem poderia ser.
Meu riso cinza
Dos cigarros que não fumo
E trago
De um amargo gosto
Dos retratos e elogios
Que não tiro
Meu tempo cinza
Nessa manhã
E em todas as horas
Que agora passam
Mas insistem em ficar
Nesso jogo intenso
De não ser mais o de outrora
Essa melancolia
Que não pinta de vermelho
Os corações que rascunho
Nos bilhetes que não vêm.
Meu verso esse
De dizer
Nesse cinza
Chumbo
Estranho estanho
Nesse meu verso estranho
Que verso
A esmo
Nesse março
Ou num qualquer dezembro
Já nem me lembro!
Nesse dia cinza de inverno
Em pleno sol de março
Meu verso cinza
Da cor daquele vestido
Que passou e você não viu
Espelho avesso
Que não mostra
E põe dúvida
Ao que não é
Nem poderia ser.
Meu riso cinza
Dos cigarros que não fumo
E trago
De um amargo gosto
Dos retratos e elogios
Que não tiro
Meu tempo cinza
Nessa manhã
E em todas as horas
Que agora passam
Mas insistem em ficar
Nesso jogo intenso
De não ser mais o de outrora
Essa melancolia
Que não pinta de vermelho
Os corações que rascunho
Nos bilhetes que não vêm.
Meu verso esse
De dizer
Nesse cinza
Chumbo
Estranho estanho
Nesse meu verso estranho
Que verso
A esmo
Nesse março
Ou num qualquer dezembro
Já nem me lembro!
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Mais um verso
Queria mais um verso
Pra terminar aquela antiga canção
Esquecida
No fundo de qualquer gaveta
De qualquer armário empoeirado
De qualquer tempo
Meu verso qualquer
De te dizer alguma coisa
Mensagem essa de que me lembro
Mas já esqueço
Meu verso, avesso
A esse mundo estranho
Numa tarde de castanho outono
Ou de seus olhos de verão.
Meu verso, menino,
De ambiguidade
De uma cidade qualquer
Data longínqua
Que não assino
E talvez nem escreva
Meu inverso,
Universo paralelo
Onde estou e de onde já fui
Um dia.
Quem diria?
Quem dirá
Essa palavra morta
Que já não ponho
Mesa e cadeira
Para por palavra por palavra
Em rima e linha
Meu universo
Meu poema
Que esqueci num livro qualquer
De alguma saga de algum herói
Que um dia quis ser
Mas que não foi
Possível canção.
Meu verso pra dizer nada
Nem uma palavra rimada
Nem sol, nem tarde, nem estrada
Sequer palavra enluarada
Pois já não quero mais
Dizer mais nada
Silêncio!
E ponto!
Meu verso esse
Que não mais quis
E que não diz
Queria,eu, mais um verso!
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