Quem detesta poesia
deve ter nascido
Em um mundo sem cor
Quem detesta poesia
deve ter sido feito
De barro diferente daquele que me criou
Quem detesta poesia nem é gente
Não dessa gente que ri
Não dessa gente que sonha.
Quem detesta poesia não é Pessoa
É um vivente,
É de repente
Alguém que esqueceu.
Que o verso é livre
Assim como a emoção.
Quem detesta poesia é morador
De suas próprias prisões
De seus muros
De um escuro
Pois poesia é luz!
Poesia é voz (e eu grito)
Poesia é vez!
E quem detesta poesia
É porque ainda não fez.
É quem não analisa
É quem não simpatiza
É quem não rivaliza
É sujeito estático
Nesse mundo louco de meu Deus.
É quem não vê os outros como seus
Amigos, irmãos, amantes, errantes.
Quem detesta poesia é quem não vê.
É quem tem olhos, mas não lê.
Não só os versos, mas os avessos.
É quem se avexa!
Quem detesta poesia não tem Bandeira!
Quem detesta poesia passará
E não é passarinho!
Atravanca o caminho
Não vê pedra, vê espinho.
Quem detesta poesia
Atravessa bondes sem pernas
Pretas brancas e amarelas
Quem detesta não poesia
Não sabe essas e nem aquelas
Quem detesta poesia
E ignora os poetas
E ignora os profetas
Nem sabe que o mundo é grande
E não cabe nele as dores de Drummond
Não sabe que essa vida Severina
É feita por tantos galos, que unidos
Tecem as manhãs de João Cabral.
Quem detesta poesia
Perde referências
Perde sua essência!
Pois a poesia
É essa coisa toda de linda!
É essa coisa que não finda
Assim como a esperança!
Quem detesta poesia
Não dança!
Quem detesta poesia
É uma tola criança!
Quem detesta poesia
Nem caberia nesse verso
Mas, ao ouvir tal brado,
Me veio o inverso
E pra dizer que é loucura
Não gostar do verso nosso de cada dia
E me salvar de uma vez
dessa imensa agonia
Só mesmo amando muito
E escrevendo poesia
deve ter nascido
Em um mundo sem cor
Quem detesta poesia
deve ter sido feito
De barro diferente daquele que me criou
Quem detesta poesia nem é gente
Não dessa gente que ri
Não dessa gente que sonha.
Quem detesta poesia não é Pessoa
É um vivente,
É de repente
Alguém que esqueceu.
Que o verso é livre
Assim como a emoção.
Quem detesta poesia é morador
De suas próprias prisões
De seus muros
De um escuro
Pois poesia é luz!
Poesia é voz (e eu grito)
Poesia é vez!
E quem detesta poesia
É porque ainda não fez.
É quem não analisa
É quem não simpatiza
É quem não rivaliza
É sujeito estático
Nesse mundo louco de meu Deus.
É quem não vê os outros como seus
Amigos, irmãos, amantes, errantes.
Quem detesta poesia é quem não vê.
É quem tem olhos, mas não lê.
Não só os versos, mas os avessos.
É quem se avexa!
Quem detesta poesia não tem Bandeira!
Quem detesta poesia passará
E não é passarinho!
Atravanca o caminho
Não vê pedra, vê espinho.
Quem detesta poesia
Atravessa bondes sem pernas
Pretas brancas e amarelas
Quem detesta não poesia
Não sabe essas e nem aquelas
Quem detesta poesia
E ignora os poetas
E ignora os profetas
Nem sabe que o mundo é grande
E não cabe nele as dores de Drummond
Não sabe que essa vida Severina
É feita por tantos galos, que unidos
Tecem as manhãs de João Cabral.
Quem detesta poesia
Perde referências
Perde sua essência!
Pois a poesia
É essa coisa toda de linda!
É essa coisa que não finda
Assim como a esperança!
Quem detesta poesia
Não dança!
Quem detesta poesia
É uma tola criança!
Quem detesta poesia
Nem caberia nesse verso
Mas, ao ouvir tal brado,
Me veio o inverso
E pra dizer que é loucura
Não gostar do verso nosso de cada dia
E me salvar de uma vez
dessa imensa agonia
Só mesmo amando muito
E escrevendo poesia
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